Eu já matei, roubei, fingi, menti e assumo a culpa de todos os meus crimes. Não vou dizer que sou inocente porque não sou, a culpa está estampada em minha cara. Impossível esconder meu passado e meus erros, mesmo desejando apagá-los.

Quando olho para meu passado vejo todos os meus crimes, vejo os pedaços por todos os lados, apesar de ninguém saber o que eu já fui capaz de fazer. Sou boa em esconder meus delitos e finjo ser uma boa menina inocente e meiga, cheia de sonhos.

Acredito que fingir é algo que sei fazer de melhor. Consigo disfarçar minhas emoções e meus medos, enganando minhas vitimas. E gosto muito de enganar e fingir ser o que não sou. Ver que as pessoas são capazes de acreditar em mim.

Está se perguntando porque não fui para a prisão? A resposta é simples. Sou boa em esconder meus crimes e sempre tenho testemunhas que acreditam na minha inocência. As pessoas sempre acreditam em minhas doces palavras.

Então Deus me perdoe pois fui capaz de matar. Matei aquela formiga que estava passeando pelo jardim, roubei um pedaço de giz que a professora deixou na lousa, fingi saber cantar o hino e menti para mim mesma, quando olhei  na prova do meu amigo para copiar a resposta correta.

(O texto de hoje nasceu depois que refleti sobre coisas que aprendi na escola e nem sempre aprendi coisas boas.)